Tua música, minha dança

Conto os dias para poder declarar minha saudade sem que te assustes, medindo os passos para te abraçar apertado sem causar nenhuma fuga. Não te prendo, nem pretendo, desarma-te. Em nossos caminhos não há hesitações, mas parece que fomos construídos por medos. Essa rigidez é só cansaço, eu sei, o meu, o teu, e não há como transpô-la em superfície. Vislumbro outro viés… Meu desejo é invasivo, me interessa o rebuliço, teus avessos, além dos gemidos, os teus segredos.

Pelo vício da carne, intento o inalcançável da língua.

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6 comentários sobre “Tua música, minha dança

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